O Brasil fechou o ano de 2023 com uma taxa média de desemprego de 7,8%, a menor desde 2014. Em comparação com o ano passado, houve uma melhora significativa, já que o desemprego registrado em 2022 foi de 9,6%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os números positivos alcançados pelo Brasil consolidam a recuperação do mercado de trabalho após os impactos da pandemia. Desde o início de 2021, quando houve um pico de 15% de desemprego no país, o índice vem caindo progressivamente.
A força que o mercado de trabalho demonstrou em 2023 tem muito a ver com o aquecimento da atividade econômica, que mostrou desempenho melhor que o esperado. Caso a economia tenha uma desaceleração nos próximos meses, é possível que a taxa de desemprego volte a crescer.
População ocupada média, informalidade e rendimento real habitual
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) trouxe outros dados relevantes a respeito do mercado de trabalho brasileiro.
A média da população ocupada chegou a 100,7 milhões de pessoas em 2023, resultado que ficou 3,8% acima de 2022. Já o número de empregados com carteira de trabalho assinada cresceu 5,8% e chegou a 37,7 milhões de pessoas, o mais alto da série histórica.
A taxa anual de informalidade manteve um patamar alto em 2023. Apesar do recuo de 0,2%, ainda está na casa dos 39,2%. Vale destacar que o tema está em debate no Brasil e que a legislação em torno de trabalhadores por aplicativos de entrega e transporte poderá mudar ainda no primeiro semestre.
Por fim, o valor anual do rendimento real habitual foi estimado em R$ 2.979, o que representa um aumento de 7,2% na comparação com 2022.