O debate sobre o futuro do trabalho está presente no Brasil e no mundo. As novas fronteiras tecnológicas lançam dúvidas sobre a continuidade de uma série de empregos à medida que a inteligência artificial vai evoluindo e se tornando mais sofisticada.
Segundo uma pesquisa do Banco Central Europeu (BCE), a inteligência artificial pode prejudicar os salários de milhões de trabalhadores. Por outro lado, o estudo traz achados sobre a criação de empregos a partir das novas tecnologias, principalmente para profissionais mais jovens e qualificados.
A pesquisa, que contemplou 16 países europeus, aponta que a participação no emprego dos setores mais expostos à inteligência artificial aumentou. Os empregos de baixa e média qualificação não foram afetados e os cargos altamente qualificados receberam o maior impulso.
Futuro incerto
Os dados do estudo não apontam para uma grande destruição de postos de trabalho em diferentes setores. Porém, o próprio documento faz o alerta a respeito do que pode vir pela frente. Isso porque a inteligência artificial avança a cada dia e não é possível afirmar se alguma nova tecnologia poderá abalar de forma mais contundente a oferta de emprego.
O lado mais positivo da pesquisa aparece quando fazemos a comparação com “ondas tecnológicas” anteriores. Segundo o levantamento, essas ondas que trouxeram os primeiros grandes passos rumo à informatização reduziram a parcela relativa do emprego de trabalhadores de qualificação média.
Fato é que as empresas vão seguir investindo para competir em setores cada vez mais tecnológicos. Nesse contexto, o debate sobre modelo de trabalho e oferta de emprego tende a ficar cada vez mais aquecido.